China exige que EUA eliminem tarifas impostas a seus produtos e reverta medidas consideradas “equivocadas” no comércio bilateral. O pedido foi feito neste domingo (13) pelo Ministério do Comércio chinês, após o governo norte-americano anunciar isenção parcial sobre eletrônicos como celulares e computadores.
A declaração surge como resposta à decisão do governo do presidente Donald Trump, divulgada na sexta-feira (11), de excluir determinados itens das tarifas recíprocas estabelecidas no início do mês. A China classificou a medida como “um pequeno passo” e informou que está avaliando os impactos econômicos da mudança.
Isenções aliviam setores de tecnologia
A medida norte-americana beneficia empresas como Apple, Nvidia e Dell, que mantêm parte da produção de seus eletrônicos em solo chinês. Entre os produtos retirados da lista de tarifas estão smartphones, notebooks, semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana.
Esses itens representam uma fatia expressiva das exportações da China para os Estados Unidos. Em 2024, os smartphones lideraram a lista de importações chinesas pelos americanos, somando US$ 41,7 bilhões. Laptops vieram em seguida, com US$ 33,1 bilhões, segundo dados do US Census Bureau divulgados pela Reuters.
China exige que EUA eliminem tarifas de forma integral
Apesar do alívio parcial, o governo chinês reiterou que a maioria dos produtos ainda enfrenta tarifas de até 145% para ingressar no mercado dos EUA. Por isso, Pequim reforçou a necessidade de uma revisão mais ampla das medidas tarifárias, pedindo que Washington “elimine completamente” os encargos e corrija os “erros” nas políticas comerciais.
A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA divulgou uma lista com 20 categorias de produtos isentos das tarifas. A mudança pode reduzir o custo de importação, aliviar o bolso do consumidor americano e beneficiar diretamente o setor de tecnologia, conforme análise da Bloomberg.
Conclusão
Com a nova cobrança da China para que os EUA eliminem tarifas comerciais de maneira integral, aumentam as tensões entre as duas maiores economias do mundo. A disputa tarifária segue influenciando o comércio global, impactando grandes empresas e o consumidor final.
