Brasília — O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PP-PI), determinou nesta quarta-feira, 8 de outubro de 2025, o afastamento do ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), de todos os cargos internos da sigla. A medida foi tomada depois de o parlamentar se recusar a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e declarar publicamente que apoiará a reeleição do petista em 2026.
Em nota à imprensa, Ciro Nogueira justificou que Fufuca desobedeceu orientação da Executiva Nacional, que exige dos filiados a saída da Esplanada dos Ministérios. O comunicado ressalta que o PP “não faz e não fará parte do atual governo” e reforça a posição de oposição ao Palácio do Planalto.
Além do afastamento das funções partidárias, a direção do Progressistas instaurou intervenção no diretório estadual do Maranhão, retirando Fufuca do comando local da legenda. O ministro ainda não se manifestou sobre a decisão.
A tensão entre Fufuca e o partido ganhou força na segunda-feira (6), quando, durante evento em Imperatriz (MA) ao lado de Lula, o ministro declarou que, mesmo “com o corpo amarrado”, sua “alma” estaria ao lado do presidente na disputa de 2026. O parlamentar também elogiou programas sociais do terceiro mandato petista.
Imagem: Lula Marques
Fufuca ingressou no governo em 2023, numa tentativa do Planalto de ampliar a base de apoio no Congresso. Apesar do gesto, grande parte do PP permaneceu na oposição liderada por Ciro Nogueira, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A pressão aumentou após a formação de federação entre PP e União Brasil, quando Ciro Nogueira e Antônio Rueda determinaram a saída de filiados que ainda ocupavam cargos federais.
Com informações de Gazeta do Povo
