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Exportações brasileiras de aço e alumínio para os EUA movimentaram US$ 6,973 bilhões em 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O volume representa 39,4% do total exportado pelo Brasil nesses dois segmentos. O aço foi o principal destaque, com US$ 4,138 bilhões, enquanto o alumínio respondeu por US$ 267 milhões.

O aumento do volume comercializado chama atenção em meio a um cenário de novas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos. Somente nos três primeiros meses de 2025, a participação dos EUA nas exportações brasileiras desse setor já atinge 47,5%, o que indica uma forte dependência desse mercado para o setor siderúrgico nacional.

A indústria brasileira segue cautelosa, mas otimista. De acordo com Marco Polo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil, as exportações seguem viáveis, uma vez que a tarifa de 10% sobre o aço não se aplica de forma cumulativa. Isso tem permitido à indústria manter a competitividade mesmo diante das novas barreiras tarifárias que começaram a ser aplicadas a partir de março.

Em relação ao setor automotivo, a participação dos Estados Unidos nas exportações brasileiras foi de 12,4%. As autopeças foram o principal item, somando US$ 1,680 bilhão em vendas. Já os veículos completos tiveram desempenho mais modesto, com apenas US$ 6,9 milhões embarcados no período analisado.

O cenário, no entanto, pode mudar nos próximos meses. Desde o dia 12 de março, está em vigor uma tarifa de 25% sobre exportações de aço e alumínio brasileiros aos EUA. E a situação tende a se agravar: uma alíquota ainda mais alta para veículos começou a valer em 3 de abril, enquanto a sobretaxa para autopeças tem previsão de entrada em vigor em 3 de maio.

Essa nova configuração comercial entre os dois países exige atenção das empresas brasileiras exportadoras, que precisarão lidar com:

  • Adoção de novas estratégias de negociação
  • Reavaliação de margens de lucro
  • Possível redirecionamento de mercados

Especialistas apontam que, mesmo com as tarifas, os Estados Unidos continuam sendo um destino estratégico para produtos brasileiros devido à forte demanda e à infraestrutura logística consolidada entre os países.

Além disso, há um movimento do governo federal e de entidades do setor em dialogar com autoridades norte-americanas para evitar que as sobretaxas afetem de forma drástica a balança comercial brasileira.

O Brasil tem papel importante na cadeia global de fornecimento de aço e alumínio, e os números mostram que, mesmo diante de desafios externos, as empresas brasileiras têm conseguido se manter competitivas.

Conclusão:
As exportações brasileiras de aço e alumínio para os Estados Unidos continuam em destaque, com quase 40% do total do setor em 2024. O crescimento observado no início de 2025, apesar das novas tarifas, demonstra a resiliência da indústria nacional. No entanto, os impactos das barreiras comerciais exigirão atenção redobrada por parte do governo e das empresas. Os próximos meses serão decisivos para entender os efeitos das novas alíquotas e para definir estratégias que mantenham o Brasil competitivo no mercado internacional.


FAQ (Perguntas Frequentes):

1. Qual foi o valor total exportado pelo Brasil em aço e alumínio para os EUA em 2024?
Foram exportados US$ 6,973 bilhões, com destaque para o aço (US$ 4,138 bilhões).

2. Qual a participação dos EUA nas exportações brasileiras desses setores?
Em 2024, os EUA representaram 39,4% das exportações de aço e alumínio. Nos primeiros meses de 2025, essa fatia subiu para 47,5%.

3. As novas tarifas dos EUA já estão em vigor?
Sim. Desde 12 de março, vigora uma tarifa de 25% para aço e alumínio. Tarifas adicionais para veículos e autopeças começaram a ser aplicadas em abril e maio, respectivamente.

4. O Brasil ainda consegue exportar mesmo com as tarifas?
Sim. Segundo o Instituto Aço Brasil, as exportações continuam viáveis porque a tarifa de 10% sobre o aço não é cumulativa.

5. O setor automotivo também foi afetado?
Sim. O setor de autopeças teve destaque nas exportações, mas as tarifas elevadas devem impactar negativamente nos próximos meses.

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