Home / Tecnologia / Senado adia para 2 de dezembro votação que eleva tributos de bets e fintechs

Senado adia para 2 de dezembro votação que eleva tributos de bets e fintechs

Publicidade
Spread the love

O Senado Federal transferiu para 2 de dezembro a apreciação do Projeto de Lei 5.373/2025, que prevê aumento gradual de tributos para plataformas de apostas esportivas (bets) e empresas de tecnologia financeira (fintechs). O adiamento ocorreu nesta quarta-feira (26) após pedido de vista do senador Rogério Marinho (PL-RN) durante sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Tramitação

A proposta tramita na CAE em caráter terminativo. Caso seja aprovada e nenhum senador apresente recurso, seguirá diretamente para a Câmara dos Deputados.

Publicidade

Relatório revisto

O relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou novo parecer incorporando total ou parcialmente 20 das 176 emendas protocoladas. O texto suaviza a elevação das alíquotas pretendida no projeto original de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Tributação das bets

No relatório inicial, a taxa sobre a receita bruta de jogos — receita obtida menos os prêmios pagos — passaria de 12% para 24%. A versão revisada propõe avanço escalonado: 15% a partir de 2026 e 18% em 2028. A arrecadação adicional será destinada à seguridade social e a estados, Distrito Federal e municípios, com foco em ações de saúde.

Fintechs

Para as fintechs, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) também crescerá de forma escalonada:

  • Empresas que hoje pagam 9% passarão a recolher 12% em 2026 e 15% em 2028;
  • Fintechs já tributadas em 15% subirão para 17,5% em 2026 e 20% em 2028.

Braga argumenta que a medida iguala a carga tributária ao patamar cobrado dos bancos, reforça a sustentabilidade fiscal e reduz distorções entre instituições que oferecem serviços semelhantes.

Combate à ilegalidade

O relatório estabelece que, a partir de abril de 2026, todas as fintechs deverão estar sujeitas à fiscalização do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O relator calcula que cerca de R$ 500 bilhões circulam atualmente sem supervisão, resultando em estimativa de R$ 200 bilhões de sonegação fiscal.

Novas exigências para apostas

O texto também define critérios mais rigorosos para concessão de licença a operadores de apostas esportivas. O Ministério da Fazenda poderá negar autorização quando houver dúvidas sobre a idoneidade de administradores ou controladores. Provedores de internet terão 48 horas para retirar do ar sites não autorizados, sob pena de multas que podem chegar a R$ 50 mil por infração e suspensão temporária de serviços.

A análise do projeto será retomada na próxima terça-feira, quando a CAE decidirá se o parecer segue ao plenário ou direto à Câmara.

Com informações de Olhar Digital

Publicidade

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *