O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez nesta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, um gesto de conciliação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a inauguração do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá, em Macapá.
Na cerimônia, que contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, Alcolumbre agradeceu o investimento federal de R$ 17 milhões na nova unidade hospitalar. “A sua presença aqui é a presença do presidente da República ajudando o nosso Amapá”, declarou, dirigindose a Padilha, a quem chamou de representante de Lula no ato.
O aceno ocorre depois de uma semana de desgaste entre Legislativo e Executivo, provocado pela indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre tentava emplacar o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e queixou-se de não ter sido comunicado oficialmente pela Presidência sobre a escolha.
Na quarta-feira (3), o senador elevou o tom ao afirmar que não lhe falta “coragem para fazer o que for necessário” em defesa das prerrogativas do Congresso. Ele voltou a insistir que cabe ao Senado sabatinar e votar qualquer indicação ao STF.
O clima também se deteriorou após Lula, na quinta-feira (4), criticar as emendas impositivas ao afirmar que o Congresso “sequestra 50% do orçamento da União”. Interlocutores relatam que Alcolumbre considerou a fala um “grave erro histórico”.
Imagem: Fábio Rodrigues-Pozzebom
Apesar das rusgas, o presidente do Senado elogiou Lula no evento desta sexta, destacando a “sensibilidade, o compromisso e o espírito público” do chefe do Executivo, sobretudo com as regiões Norte e Nordeste.
Com o aceno, Alcolumbre tenta reduzir a tensão institucional enquanto permanece responsável por conduzir a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado que ele próprio preside.
Com informações de Gazeta do Povo







