O União Brasil decidiu romper com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e devolver os dois ministérios que ocupa na Esplanada. A cúpula da sigla pretende formalizar a decisão até setembro, segundo a coluna da jornalista Andreza Matais, do Metrópoles.
A medida marca o afastamento definitivo do partido do Palácio do Planalto. A única exceção é o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes (PDT), que permanece no cargo apoiado pelo presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP). A influência de Alcolumbre dentro da legenda impede interferências, inclusive do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, nas posições ocupadas por seus aliados no governo.
Com 59 deputados federais, o União Brasil forma a terceira maior bancada da Câmara, atrás de PL (99) e PT (67). Sem o apoio do partido, o Planalto terá mais dificuldade para aprovar propostas consideradas essenciais, sobretudo as voltadas à tentativa de reeleição de Lula em 2026.
O afastamento também reflete a avaliação interna de que a legenda não apoiará o atual presidente no próximo pleito. Em abril, o União Brasil oficializou uma federação com o Progressistas (PP), sigla que faz oposição sistemática ao governo. Pelas regras da federação, ambos deverão apoiar o mesmo candidato à Presidência.
O estopim para a decisão foi a repercussão de declarações de Antonio Rueda durante evento da XP Investimentos, em São Paulo. Na ocasião, o dirigente afirmou que à gestão Lula “falta coragem e seriedade” e defendeu a substituição do petista na disputa presidencial de 2026.

Imagem: Atitude Tocantins via atitudeto.com.br
Os nomes dos ministros que deixarão os cargos e o cronograma para a devolução das pastas serão anunciados após a formalização da saída.
Com informações de Atitude TO