As ações da Intel recuaram nesta quinta-feira (07) depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exigiu publicamente a renúncia imediata do diretor-presidente da companhia, Lip-Bu Tan. A solicitação foi feita em uma publicação na rede social Truth Social, na qual Trump afirmou que Tan estaria “em grande conflito” e que a saída dele seria “a única solução” para o problema.
A pressão surge em meio a questionamentos a respeito dos vínculos do executivo com empresas chinesas. O senador republicano Tom Cotton, do Arkansas, enviou uma carta à Intel expressando preocupação com a segurança nacional dos EUA. No documento, Cotton cita investimentos anteriores de Tan em companhias chinesas — algumas delas ligadas ao Exército de Libertação Popular — e relembra um antigo processo criminal envolvendo a Cadence Design, onde Tan atuou como CEO até 2021.
O senador também perguntou se o executivo foi obrigado a se desfazer de participações em empresas associadas ao Partido Comunista Chinês e solicitou garantias de que a Intel cumpre todas as normas de segurança norte-americanas.
Mudança de comando e cortes de custos
Lip-Bu Tan assumiu o comando da Intel em março, substituindo Pat Gelsinger, num momento em que a companhia busca reverter a queda nas vendas. Embora tenha superado as expectativas de lucro no segundo trimestre, a empresa anunciou cortes significativos.
Em comunicado interno, Tan informou que a divisão de fundição registrou prejuízo de US$ 3,17 bilhões. A mensagem também confirmou o cancelamento de projetos de fabricação na Alemanha e na Polônia, além da desaceleração na construção de uma nova fábrica em Ohio.
Imagem: Chip Somodevilla via olhardigital.com.br
Até o fechamento do mercado, os papéis da Intel operavam em queda, refletindo a preocupação de investidores com o futuro da liderança da gigante de semicondutores.
Com informações de Olhar Digital
