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STF mantém prisão de Bolsonaro, amplia investigações sobre aliados e acirra clima político em Brasília

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade manter a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, detido por ordem monocrática do ministro Alexandre de Moraes sob a justificativa de risco de fuga. A Corte apontou uma vigília de apoiadores como fator que poderia desencadear novos atos semelhantes aos de 8 de janeiro, argumento usado para sustentar a medida.

Na mesma sessão, um habeas corpus foi apresentado para revogar a restrição de comunicação imposta a Bolsonaro. A defesa contesta o grau de severidade aplicado, classificado como mais rigoroso que o adotado contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2018.

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Aliados sob pressão

O ministro Alexandre de Moraes determinou a perda do mandato do deputado federal Alexandre Ramagem. Além disso, o STF concluiu o julgamento que torna o deputado Eduardo Bolsonaro réu em ação penal. Moraes também deu 24 horas para que a defesa do ex-presidente explique o uso de um celular pelo deputado Nikolas Ferreira durante visita ao preso; o parlamentar chamou a exigência de “teatro”.

As prisões motivaram reações variadas. Um dia após as detenções, o presidente Lula disse estar “feliz” com o desfecho, enquanto clubes militares classificaram a prisão de oficiais como “injusta”. Já o general Augusto Heleno revelou ser portador de Alzheimer após ser detido. Apesar das decisões, analistas continuam apontando Bolsonaro como importante cabo eleitoral para 2026.

Indicação de Jorge Messias enfrenta obstáculos

A sabatina de Jorge Messias, indicado para ocupar uma vaga no STF, pode ser adiada, segundo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Messias afirmou que conversará com todos os senadores na busca de apoio. Paralelamente, o deputado Kim Kataguiri ingressou com ação no Supremo contra o indicado, alegando omissão em fraudes no INSS. O senador Davi Alcolumbre, porém, negou qualquer retaliação ao governo na condução do processo.

Governo e Congresso em atrito

A relação entre Palácio do Planalto e Congresso Nacional passa por novo “estremecimento”. O Executivo ameaça recorrer ao STF para barrar chamadas “pautas-bomba” e pressiona parlamentares a manterem vetos presidenciais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rechaça a ideia de rompimento e diz tratar-se de crise momentânea. O clima de tensão ficou evidente na sanção da lei que eleva a isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, assinada por Lula sem a presença dos presidentes da Câmara e do Senado. Alcolumbre também pautou vetos que podem ser derrubados.

Outros movimentos na cena política

O governador paulista Tarcísio de Freitas declarou esperar uma “reorganização da direita” para, segundo ele, “livrar o Brasil do PT” nas próximas eleições. No campo ruralista, líderes acusaram o governo Lula de crime após novas demarcações de terras indígenas e convocaram o ministro Ricardo Lewandowski para prestar esclarecimentos. Já o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, voltou a criticar decisões do STF que restringem operações policiais em favelas.

Com informações de Gazeta do Povo

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