Brasília — O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), pediu desculpas nesta quinta-feira (7/08/2025) ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), por ter afirmado na véspera que a oposição desocupou a Mesa Diretora somente depois de negociar a votação de projetos de seu interesse.
A retratação ocorreu durante a sessão plenária da tarde. Cavalcante reconheceu que havia sido “incorreto” ao sugerir que Motta aceitara colocar em pauta propostas como a lei da anistia e o fim do foro privilegiado em troca do fim da mobilização. “Não houve qualquer compromisso do presidente; o entendimento partiu dos líderes partidários”, declarou.
Horas antes, Motta negara publicamente ter firmado qualquer acordo com a oposição. O deputado fluminense reforçou essa versão em plenário, afirmando que “não existe chantagem nesta Casa” e que a direita não usa esse tipo de expediente.
Após a fala, a assessoria de Cavalcante divulgou nota informando que o compromisso da bancada do PL é “ético, transparente e voltado aos interesses da sociedade”, e reiterou a intenção de continuar articulando a votação dos projetos defendidos pelo partido.
Contraponto no Senado
A retratação contrastou com a declaração dada mais cedo pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), segundo a qual fora acertada a análise das mesmas propostas em plenário, “independentemente de a oposição ganhar ou perder a votação”.

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Encerramento da obstrução
A ocupação da Mesa da Câmara, iniciada por deputados oposicionistas, foi encerrada na noite de quarta-feira (6). No Senado, a mobilização terminou nesta quinta (7) depois de negociações. Além da pauta legislativa, senadores pressionam pela abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que já conta com o número mínimo de assinaturas para ser protocolado.
Com informações de Gazeta do Povo