Home / Tecnologia / Rússia corre para elaborar plano de exploração de terras raras e reduzir dependência da China

Rússia corre para elaborar plano de exploração de terras raras e reduzir dependência da China

Publicidade
Spread the love

Moscou — O presidente Vladimir Putin determinou que o governo da Rússia apresente, até 1º de dezembro, um programa de longo prazo para extrair e refinar terras raras, grupo de 17 elementos metálicos fundamentais para a indústria de alta tecnologia e para a transição energética.

O objetivo é ampliar a participação russa em um mercado dominado pela China, responsável por quase 70% da produção mundial, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). Hoje, a Rússia responde por apenas 0,64% desse total.

Publicidade

Pressa para ocupar espaço estratégico

A corrida pelos metais ganhou intensidade após Pequim impor novas restrições à exportação de terras raras, exigindo licenças especiais de venda ao exterior. Analistas ouvidos pela emissora CNBC avaliam que Moscou vê nos minerais uma oportunidade para diversificar a economia ainda dependente de petróleo e gás.

De acordo com Willis Thomas, consultor do CRU Group, “os russos correm por uma oportunidade, enquanto os americanos correm por necessidade”. O desafio de Moscou, porém, vai além da mineração: o país precisa desenvolver capacidade própria de refino e separação química, etapas que garantem vantagem competitiva à China.

Obstáculos externos e internos

Sanções econômicas aplicadas após o início da guerra na Ucrânia dificultam a atração de investimentos estrangeiros e o acesso a tecnologias ocidentais. Ainda assim, o Kremlin pretende explorar jazidas locais e buscar parcerias para ganhar espaço em uma cadeia considerada uma das mais lucrativas deste século.

Rússia corre para elaborar plano de exploração de terras raras e reduzir dependência da China - Imagem do artigo original

Imagem: miss.cabul

Disputa global e posição do Brasil

Além de Rússia e China, Estados Unidos e Brasil também miram o setor. O Serviço Geológico do Brasil calcula que o país detenha a segunda maior reserva mundial, com 21 milhões de toneladas, mas a produção nacional alcançou apenas 20 toneladas em 2024 — menos de 1% do volume global. A limitação tecnológica para refino é apontada como principal entrave, situação semelhante à enfrentada pelos russos.

Em meio a esse cenário, a pequena participação russa contrasta com a ambição declarada pelo Kremlin de tornar-se fornecedor relevante de insumos cruciais para ímãs, semicondutores, baterias de veículos elétricos e turbinas eólicas.

Com informações de Olhar Digital

Publicidade

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *