Brasília – O deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), afirmou que exercerá a função “sem atender a paixões políticas”.
Segundo o parlamentar, as CPIs se tornaram instrumentos relevantes para minorias legislativas promoverem investigações e, a partir dos resultados, propor mudanças na legislação. “As comissões não apenas identificam culpados, mas geram aprendizados que ajudam a aperfeiçoar as leis”, declarou em entrevista à TV Câmara.
Pressão eleitoral e abrangência das apurações
Ayres reconheceu que a proximidade das eleições de 2024 e a forte polarização política aumentam a pressão sobre o colegiado. Ele destacou que os três governos mais recentes – Michel Temer, Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva – estarão no escopo das investigações. “O conteúdo que sairá será duro e responsável”, disse.
Instalação da comissão
A CPMI será instalada nesta quarta-feira (20), às 11h, no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado. A presidência ficará a cargo do senador Omar Aziz (PSD-AM). De acordo com Ayres, o plano de trabalho e as primeiras convocações deverão ser votados já na próxima semana.
Imagem: Atitude Tocantins
Alvo da investigação
O colegiado vai examinar denúncias de descontos irregulares em pensões e salários de aposentados, praticados por associações de representação de beneficiários a partir de 2019. Investigações da Polícia Federal estimam que a fraude tenha alcançado R$ 6,4 bilhões em seis anos.
Com informações de Atitude TO
