Levantamento da Quaest divulgado nesta terça-feira (2) indica que 64% das publicações em redes sociais analisadas pela consultoria se posicionaram contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mobilização contrária domina ambiente digital
Entre as 746 mil menções coletadas até 16h30, 19% comemoraram a abertura da sessão e 17% foram classificadas como neutras. A hashtag #BolsonaroFree concentrou a maior parte das manifestações de repúdio, marcadas por acusações de perseguição política e pedidos de suspensão do processo que envolve Bolsonaro e outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado.
Postagens de parlamentares alcançam maior público
A publicação de maior alcance partiu da senadora Damares Alves (Republicanos-DF). No X (antigo Twitter), a parlamentar afirmou haver fraudes no processo e pediu a interrupção imediata do julgamento, obtendo mais de 2,2 milhões de visualizações até o fim da tarde.
Damares citou depoimento prestado no mesmo dia pelo perito Eduardo Tagliaferro à Comissão de Segurança do Senado, no qual ele alegou irregularidades em decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou buscas e apreensões contra empresários favoráveis a Bolsonaro em 2022.
O segundo maior alcance foi registrado pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), cuja mensagem de apoio ao ex-presidente somava quase 1 milhão de visualizações.

Imagem: Tânia Rêgo
Campo favorável não cria narrativa única
Segundo a Quaest, perfis que defendem o prosseguimento do julgamento se mostraram menos organizados. Entre as etiquetas utilizadas apareceram #BolsonaroCondenado, “soberania é justiça” e #BolsonaroNaCadeia, nenhuma delas com impacto semelhante ao da principal hashtag contrária.
Interesse também cresce em mecanismos de busca
A consultoria registrou aumento expressivo nas pesquisas do Google relacionadas ao tema, com picos de internautas procurando assistir à sessão do STF ao vivo. A média foi de 44 mil menções por hora, alcançando cerca de 76 milhões de visualizações em plataformas como Facebook, Instagram, X, YouTube, Reddit e sites jornalísticos.
Com informações de Gazeta do Povo