O Partido dos Trabalhadores (PT) reagiu com dureza ao entendimento manifestado pelo ministro Luiz Fux durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa a suposta tentativa de golpe ligada aos atos de 8 de janeiro de 2023.
Na reunião desta semana, em Brasília, Fux divergiu do relator, ministro Alexandre de Moraes, e sustentou que a Corte não teria competência para julgar o processo. Ele acolheu preliminares apresentadas pelas defesas de oito acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota nas redes sociais, o PT classificou a posição do ministro como “contraditória”, alegando que Fux já havia decidido sobre episódios de 8 de janeiro sem questionar a jurisdição do STF. “Fux trai a democracia, a Justiça, as instituições brasileiras e o próprio Supremo, com o único objetivo de livrar Bolsonaro, políticos e militares envolvidos na trama golpista”, afirmou a sigla.
Lideranças da esquerda reforçaram as críticas. O vereador Pedro Rousseff (PT-BH) disse que o voto é “100% ilegal” e chamou o magistrado de “capacho do bolsonarismo”.
Até o momento, o placar da Primeira Turma é de dois votos a zero pela condenação, com manifestações favoráveis dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Além de Fux, ainda faltam os votos da ministra Cármen Lúcia e do ministro Cristiano Zanin para a conclusão do julgamento.

Imagem: Gustavo Moreno
A decisão do colegiado definirá se os denunciados serão ou não enviados a julgamento por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Com informações de Gazeta do Povo