O Partido dos Trabalhadores apresenta nesta sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, um manifesto que orienta sua militância nas eleições de 2026 com o objetivo de garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento será lançado durante ato na sede nacional da legenda, em Brasília.
Segundo antecipou o presidente nacional do PT, Edinho Silva, o texto servirá como “momento preparatório” para debates internos e para o congresso partidário previsto para 2026. “É hora de fortalecer a legenda e mobilizar a base para a reeleição do presidente Lula”, afirmou.
Nova “ordem política”
O manifesto descreve uma “ofensiva democrática” que coloca o Estado como responsável por atender “anseios e necessidades reais da população”. A sigla sustenta que a extrema-direita permanece ativa no país e “ainda não foi derrotada, apenas contida”.
Com cerca de 3 milhões de filiados, o partido diz que essa base deve ser o “motor de uma frente ampla” para evitar “o retorno do obscurantismo” e assegurar um quarto mandato a Lula. O texto também reafirma o PT como “maior força de esquerda da América Latina e principal motor de transformação social no Brasil”.
Principais bandeiras
Entre os temas elencados, o partido promete defender:
- redução da jornada de trabalho e fim da escala 6×1 sem perda salarial;
- proteção da Amazônia aliada à reindustrialização do país;
- isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026;
- debate sobre segurança pública, com ênfase em inteligência e sem “barbárie da violência policial”.
No trecho sobre segurança, o documento critica a megaoperação policial que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, e defende a “autoridade do Estado Democrático” para libertar territórios dominados por milícias e crime organizado.
Imagem: Ricardo Stuckert
Estrutura do congresso
A coordenação geral do próximo congresso partidário ficará a cargo do deputado Jilmar Tatto. Quatro subgrupos atuarão na organização:
- José Dirceu – programa;
- Valter Pomar – estatuto;
- Cristiano Silveira – tática eleitoral;
- Anne Moura – ações de mobilização.
O PT argumenta que a “crise estrutural do capitalismo” atinge de forma mais dura países pobres e endividados e indica que o Brasil deve exercer protagonismo climático, liderando a transição energética e oferecendo “perspectiva concreta de futuro” à juventude.
A direção petista pretende usar o documento como base para reorganizar a militância, alinhar discurso e estabelecer diretrizes programáticas para o pleito de 2026.
Com informações de Gazeta do Povo







