O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na madrugada deste sábado, 22 de novembro de 2025, a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A decisão cita um possível plano de fuga que teria como ponto de apoio uma vigília marcada para a noite de hoje em frente ao condomínio onde o ex-chefe do Executivo reside, em Brasília.
A manifestação foi convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas redes sociais e estava programada para as 19h, no balão do Jardim Botânico, nas proximidades do endereço do pai. De acordo com informação da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, a concentração de apoiadores poderia dificultar o cumprimento de ordens judiciais ou facilitar a saída de Bolsonaro do país.
Suposta tentativa de violar tornozeleira
O Centro de Integração de Monitoração Integrado do Distrito Federal comunicou ao STF que, às 0h08 deste sábado, houve indícios de tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica imposta ao ex-presidente. Para Moraes, a ação reforça a hipótese de fuga, que poderia ser completada a partir da confusão gerada pela vigília.
No despacho, o ministro aponta a Embaixada dos Estados Unidos — situada a cerca de 13 quilômetros, ou 15 minutos de carro, do condomínio — como provável destino de refúgio caso a fuga fosse executada.
Situação atual
Jair Bolsonaro foi levado para uma cela especial na sede da Polícia Federal, em Brasília. A audiência de custódia foi marcada para domingo, 23, às 12h. Até lá, o ex-presidente pode receber apenas advogados e a equipe médica que o acompanha.
Imagem: Rosinei Coutinho e T Molina
Análise da Primeira Turma
Ainda neste sábado, Moraes convocou sessão virtual extraordinária da Primeira Turma do STF para segunda-feira, 24, com o objetivo de referendar a prisão preventiva. O colegiado é formado pelo próprio Moraes, além de Cristiano Zanin, Flávio Dino e Cármen Lúcia, após a saída do ministro Luiz Fux. Os integrantes costumam acompanhar integralmente as decisões de Moraes em processos que envolvem Bolsonaro e seus aliados.
Com a decisão, Bolsonaro permanece sob custódia enquanto o Supremo avalia a manutenção da medida preventiva.
Com informações de Gazeta do Povo







