Brasília – A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 316 frascos de tirzepatida no fim de novembro, durante fiscalização na BR-153, em Uruaçu (GO). O material, que seguiria para Palmas (TO), apresentava indícios de falsificação e foi encaminhado à Polícia Federal para investigação.
Entidades médicas acionam Anvisa
Em comunicado conjunto, cinco entidades representativas da área da saúde solicitaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspensão imediata de medicamentos do grupo GLP-1 produzidos em farmácias de manipulação. O pedido foi motivado pela descoberta de um esquema clandestino de fabricação e venda de canetas para emagrecimento, com alertas sobre dosagens irregulares, contaminação e reações adversas.
Diferença de preço Brasil–Paraguai
Relatórios de comércio fronteiriço revelam que canetas com tirzepatida vendidas no Paraguai custam, em média, R$ 550, valor até cinco vezes inferior ao praticado no Brasil. No mercado nacional, o Mounjaro original, comercializado exclusivamente pela farmacêutica Eli Lilly, é encontrado a partir de R$ 1.500. A disparidade é atribuída à possibilidade de produção local paraguaia após mudanças na proteção de patentes, que reduziram os custos de fabricação.
Riscos sanitários e vigilância
Autoridades de saúde alertam que medicamentos adquiridos fora dos canais regulados podem conter concentrações inadequadas do princípio ativo e sofrer contaminação, colocando pacientes em risco. A circulação de produtos sem registro na Anvisa dificulta a rastreabilidade e o controle de qualidade.
Os recentes episódios de apreensão e as denúncias de importação irregular reforçam a necessidade de intensificar a fiscalização em fronteiras, monitorar a cadeia de suprimentos e orientar profissionais e consumidores sobre a importância de utilizar apenas produtos devidamente registrados.
Com informações de Atitude TO








