Brasília – O líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), declarou nesta segunda-feira (24) que a legenda já reúne “acima de 280 votos” para aprovar um destaque que restabelece a proposta de anistia ampla e irrestrita. São necessários 257 votos.
O movimento ganha força após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada no sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, Moraes citou uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que Bolsonaro usa, argumento contestado por aliados do ex-chefe do Executivo.
Reação no Congresso
Deputados do PL e parlamentares de siglas próximas se reuniram na sede do partido, em Brasília, com o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto. Ficou definido que a bancada exigirá a inclusão do projeto de anistia na pauta ainda esta semana.
Segundo Cavalcante, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), resiste a pautar o tema porque “sabe que já existem votos suficientes para a aprovação”.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) estimou em 99% as chances de o texto ser votado na quarta-feira (26). Ele classificou a prisão de Bolsonaro como “perseguição política” destinada a retirá-lo da disputa eleitoral de 2026.
Críticas à decisão do STF
Para o ex-procurador Deltan Dallagnol, a acusação de que Bolsonaro planejaria romper o equipamento eletrônico e fugir “não faz sentido”, uma vez que o ex-presidente estaria cercado por escolta armada.
Imagem: Reprodução de YouTube.
No plano internacional, o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landal, denunciou a prisão como “provocativa e desnecessária”, chamando Moraes de “violador de direitos humanos sancionado”. O vereador Guilherme Kilter afirmou que sanções contra o ministro podem ser aceleradas com base na Lei Magnitsky.
Bolsonaro foi detido após a Polícia Federal interpretar uma vigília de oração em frente à sua casa como parte de um suposto plano de fuga. A defesa nega qualquer tentativa de saída do país.
Com informações de Gazeta do Povo







