O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou na noite de segunda-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de reforço no monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde 4 de agosto de 2025.
No documento, dirigido ao ministro Alexandre de Moraes, Gonet recomenda que a Polícia Federal mantenha equipes de prontidão em tempo integral para acompanhar, em tempo real, o cumprimento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro no inquérito que apura um suposto plano golpista. O procurador frisa que o monitoramento não deve violar a privacidade da residência nem causar transtornos aos vizinhos.
A manifestação da PGR baseia-se em ofício do diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que relatou ao STF um alerta do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). O parlamentar mencionou risco de fuga do ex-presidente para a Embaixada dos Estados Unidos, situada nas proximidades da casa de Bolsonaro em Brasília, com possível pedido de asilo político.
Após receber as informações, a PF encaminhou o caso à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal para adoção das providências necessárias. O ministro Alexandre de Moraes deu prazo de cinco dias para que a PGR se posicionasse sobre o ofício da corporação.

Imagem: Marcelo Camargo
Além do reforço no monitoramento, a Procuradoria deverá se pronunciar até terça-feira (26) sobre suspeitas de descumprimento de restrições impostas pelo STF, como uso de redes sociais, e sobre o risco de evasão associado ao rascunho de um pedido de asilo à Argentina encontrado no celular de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente nega qualquer violação e afirma que o documento não indica intenção real de fuga.
Com informações de Gazeta do Povo