A mais recente análise da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) indica que o fenômeno climático La Niña pode começar a atuar ainda este ano. O relatório divulgado pelo órgão norte-americano aponta 56% de chance de o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial se estabelecer durante a primavera no Hemisfério Sul, que se inicia em setembro.
Considerado o oposto do El Niño, o La Niña se caracteriza pela queda das temperaturas superficiais do oceano, intensificação dos ventos alísios e mudanças na circulação atmosférica. Esses fatores alteram a distribuição de chuvas e as ondas de frio em diferentes regiões do planeta.
Primeiros indícios
De acordo com especialistas da NOAA, os dados coletados nas últimas semanas sugerem que o sistema atmosférico está “em preparação” para a chegada do fenômeno. As temperaturas mais baixas registradas recentemente são vistas como um dos sinais de transição, pois o La Niña favorece a entrada de massas de ar polar, responsáveis por episódios de frio intenso no Sul do Brasil.
Impactos previstos no Brasil
Com o resfriamento do Pacífico Equatorial, a expectativa é de aumento de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, cenário que pode elevar o risco de enchentes e outros eventos extremos. No Sul do país, a tendência é de clima mais seco, com possibilidade de geadas tardias e estiagem durante o verão.

Imagem: NASA
O último ciclo de La Niña ocorreu entre 2020 e 2023. Caso se confirme a nova formação, o fenômeno voltará a influenciar o clima global poucos meses após o término do período de El Niño.
Com informações de Olhar Digital