Palmas — Patryane Oliveira descreveu, nesta quinta-feira (7), o que ocorreu antes da explosão de uma churrasqueira improvisada que provocou a morte do marido, Bruno Demetrio Chaves, 34 anos, e deixou o vizinho Eduardo Pereira Barros, 5, com queimaduras.
O acidente aconteceu em 24 de julho, no setor Santa Bárbara. Segundo Patryane, Bruno havia passado em uma distribuidora de bebidas após o trabalho, encontrou um amigo que fazia aniversário e o convidou para um churrasco em casa. “Ele disse que ia assar uma carne para o amigo não passar a data em branco”, contou.
Uso de álcool na churrasqueira
Para acender o fogo, Bruno usou um disco de arado como fogareiro e colocou álcool em uma latinha. De acordo com o amigo, citado por Patryane, o combustível foi despejado na tampa do galão, que permaneceu aberto. Ao arremessar o líquido sobre o carvão, ocorreu uma combustão repentina.
Câmeras de segurança registraram o momento da explosão. As imagens mostram o menino Eduardo correndo com a cabeça e parte do corpo em chamas, até ser socorrido pelo vizinho Fernando Augusto Dias, gerente de posto de combustíveis, que usou a própria camisa para abafar o fogo.
Socorro às vítimas
Patryane relatou que estava dentro de casa pegando arroz quando ouviu o estrondo. Seu filho correu avisando que Eduardo havia se queimado. Ela atravessou a rua para socorrer a criança e, ao retornar, encontrou o marido na porta, com 70% do corpo atingido pelas chamas. Mesmo relutante, Bruno foi levado ao Hospital Geral de Palmas (HGP).
Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima apresentava queimaduras de 3º grau nos braços, pernas, abdômen, costas e rosto. Ele chegou consciente ao hospital, mas foi intubado e sedado. Com o passar dos dias, teve complicações respiratórias, falência renal e sofreu três paradas cardíacas entre 27 e 28 de julho, data em que morreu.
Imagem: g1.globo.com
Estado de saúde da criança
Eduardo Pereira Barros recebeu alta na quarta-feira (6). Ele teve 10% do corpo queimado e deverá retornar ao HGP em 13 de agosto para avaliação com cirurgião plástico, informou a família.
Abalada, Patryane fez um apelo para que as pessoas evitem usar álcool para acender churrasqueira. “Muita gente acha comum, mas é muito perigoso. Hoje estou com dois filhos para criar e sem meu marido”, disse.
Com informações de g1 Tocantins
