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MPE solicita cassação de prefeito e vice eleitos em Aparecida do Rio Negro por abuso de poder

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu à Justiça a cassação dos diplomas do prefeito eleito de Aparecida do Rio Negro, Deusimar Pereira de Amorim (Republicanos), e do vice, Henilton Roque Tavares Pinheiro (Roquinho, PDT). O requerimento foi apresentado em Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que tramita na 35ª Zona Eleitoral de Novo Acordo.

No parecer, o órgão também pleiteia que ambos fiquem inelegíveis por oito anos, conforme a Lei Complementar nº 64/90. A ação foi protocolada pela coligação “Aparecida Não Pode Parar” e aponta três condutas consideradas irregulares.

Uso de evento custeado por emenda

A primeira suspeita recai sobre a 1ª Edição do Rodeio Show de Paris, realizada de 27 a 29 de junho de 2024. Segundo a acusação, o evento recebeu mais de R$ 800 mil por emenda do deputado estadual Léo Barbosa (Republicanos) e teria sido usado para promover Deusimar e Roquinho. Durante os shows, o locutor e parlamentares repetiram o slogan #homemdochapéu, já utilizado pelo então pré-candidato nas redes sociais.

Propaganda na véspera da eleição

Outra irregularidade apontada é a participação do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) em uma carreata em 5 de outubro, véspera do pleito. Testemunhas disseram que o chefe do Executivo pediu votos a servidores municipais por meio do sistema de som, prática proibida fora do período permitido.

Servidor estadual em horário de expediente

O MPE também menciona Mário Vinícius Virginio Veloso, diretor de Saneamento Básico em Palmas, acusado de coordenar a campanha em dias úteis e durante o expediente. Depoimentos indicam que ele atuou inclusive na organização do Rodeio Show, o que configuraria uso da máquina pública.

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Imagem: tocantins.jornalopcao.com.br

Defesa contesta acusações

Os investigados negam qualquer irregularidade. Alegam que o Rodeio Show tinha caráter cultural, que não discursaram no evento e que a expressão homem do chapéu apenas remete à identidade rural de Deusimar. Quanto à carreata, sustentam tratar-se de agenda institucional do governador. Sobre Mário Veloso, afirmam que ele atuou durante férias e fora do horário de trabalho.

Para a Promotoria, o conjunto das práticas desequilibrou a disputa, que terminou com diferença de apenas 48 votos entre o primeiro e o segundo colocado. O processo aguarda decisão da Justiça Eleitoral.

Com informações de Jornal Opção | Tocantins

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