Brasília — O ministro Alexandre de Moraes solicitou nesta quinta-feira (4) que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal marque a data para julgar cinco réus apontados como mandantes, articuladores ou facilitadores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
A definição do calendário cabe ao presidente do colegiado, ministro Flávio Dino. Como o Poder Judiciário entra em recesso em 19 de dezembro, a expectativa é que o julgamento fique para 2026.
Réus que aguardam julgamento
• Chiquinho Brazão, ex-deputado federal, e Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro: apontados como supostos mandantes do crime.
• Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense: acusado de planejar o atentado.
• Ronald Paulo Alves Pereira, o “Major Ronald”, ex-policial militar: acusado de monitorar a rotina da vereadora e repassar informações para a execução.
• Robson Calixto, conhecido como “Peixe”, ex-policial militar e ex-assessor de Domingos Brazão: suspeito de intermediar contatos entre mandantes e executores.
Todos negam participação no crime.
Condenações já proferidas
Em outubro de 2024, o ex-policial militar Ronnie Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, após confessar ter executado Marielle e Anderson. Outro ex-PM, Élcio Queiroz, recebeu pena de 59 anos e 8 meses. Ambos firmaram acordos de delação premiada; Lessa apontou possíveis mandantes e as razões do atentado.
O processo agora depende da definição de data pela Primeira Turma do STF para que os cinco réus sejam julgados.
Com informações de Gazeta do Povo







