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Ministro avalia necessidade de armas nucleares para a defesa do Brasil

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Rio de Janeiro — O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta sexta-feira, 5 de setembro de 2025, que o Brasil poderá precisar desenvolver armas nucleares no futuro para garantir sua segurança nacional.

A declaração foi feita durante a cerimônia de posse dos novos diretores da Agência Nacional de Segurança Nuclear (ANSN) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizada na capital fluminense. Segundo o ministro, o avanço de disputas geopolíticas e a instabilidade internacional justificam a abertura de um debate sobre o assunto.

“Mesmo que seja polêmico, vivemos arroubos internacionais muito graves. No futuro, poderemos precisar da tecnologia nuclear também para a defesa nacional”, disse Silveira, lembrando que a Constituição limita hoje o uso da energia nuclear a fins pacíficos, como geração elétrica e aplicações médicas.

O ministro destacou que o país reúne 11% da água doce do mundo, vastos recursos minerais e clima tropical, fatores que aumentariam a necessidade de proteção estratégica. Ele também ressaltou que o domínio brasileiro sobre a cadeia do combustível nuclear e suas expressivas reservas de urânio representam vantagens que não podem ser ignoradas.

Para que o Brasil utilize a tecnologia nuclear na área militar, Silveira considera indispensável uma mudança na legislação. “Tenho absoluta certeza de que o Congresso Nacional vai ter de rever essa posição se o contexto internacional assim exigir”, afirmou.

Silveira acrescentou que, embora o governo Lula mantenha a política de uso pacífico da energia nuclear, a discussão sobre defesa deve ser encarada como tema de longo prazo. A possibilidade de alterar o marco constitucional deverá ser debatida em comissões parlamentares caso alguma proposta avance.

A solenidade reuniu representantes do governo federal e dirigentes do setor energético. Até o momento, não há projeto formal apresentado para autorizar o desenvolvimento de armamentos nucleares.

Com informações de Gazeta do Povo

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