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Manifestações pró-Bolsonaro ganham corpo após prisão do ex-presidente

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Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) articulam para o próximo domingo, 30 de novembro, a primeira mobilização nacional desde a prisão em regime fechado do ex-presidente, ocorrida no sábado passado, 22, após o trânsito em julgado da condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Protesto principal em Brasília

O ato central, organizado pelo movimento Influenciadores do Brasil, está marcado para 14h em Brasília. A programação prevê uma caminhada do Museu Nacional da República até a Catedral Metropolitana, com cânticos cívicos, orações e discursos em defesa da anistia aos condenados, da liberdade de Bolsonaro, da liberdade de expressão e da valorização da fé cristã.

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Deusélis Braga André Filho, presidente do movimento, destaca o caráter pacífico, cívico e familiar da manifestação. “Não estaremos ali para atacar o STF ou seus ministros”, afirmou, acrescentando que o trajeto foi definido para evitar a Praça dos Três Poderes e seguir orientações das autoridades locais.

Atos em outras capitais

Além de Brasília, estão previstas concentrações em Copacabana (Rio de Janeiro), Avenida Paulista (São Paulo) e Busto de Tamandaré (João Pessoa, PB), todas também marcadas para as 14h de domingo.

Para o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, a prisão de Bolsonaro “aumentou a união da direita”, que pretende “continuar defendendo suas bandeiras”.

Greve de caminhoneiros

Grupos de caminhoneiros discutem a possibilidade de uma greve nacional na mesma data. Mensagens em redes sociais defendem que pressão popular é necessária para conter supostos excessos do Judiciário e forçar o Congresso Nacional a votar uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Clima de apreensão com o STF

O receio de retaliações ganhou força após decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes. Em julho, ele proibiu acampamentos e bloqueios na Praça dos Três Poderes, classificando a área como de segurança institucional. Mais recentemente, utilizou uma vigília de oração convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para converter a prisão domiciliar do ex-presidente em prisão preventiva, alegando risco de fuga e possibilidade de tumultos semelhantes aos do 8 de janeiro.

A Primeira Turma do STF confirmou a medida por unanimidade, o que levou juristas a contestarem a proporcionalidade da decisão. Para o sociólogo Rodrigo Augusto Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a prisão de Bolsonaro elevou a “temperatura política” nas redes e nas ruas. Já o cientista político Magno Karl, do movimento Livres, avalia que a atuação preventiva do Judiciário pode tensionar ainda mais o debate sobre os limites ao direito de manifestação.

Organizadores reiteram que o percurso do ato em Brasília não incluirá a Praça dos Três Poderes, justamente para evitar descumprimento de decisões judiciais e reduzir riscos de confronto. “Não vamos desistir”, disse André Filho. “Mas faremos tudo de forma ordeira e dentro da lei.”

Com informações de Gazeta do Povo

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