O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua exercendo forte influência sobre o eleitorado de direita e que o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) só terá viabilidade numa disputa presidencial caso conte com o apadrinhamento do ex-mandatário.
“Temos que reconhecer que o Bolsonaro tem uma força no setor da extrema-direita muito grande. O Tarcísio vai fazer o que o Bolsonaro quiser. Sem o Bolsonaro, ele não é nada, ele sabe disso”, declarou Lula em entrevista à Rádio Itatiaia, concedida em Belo Horizonte na última sexta-feira (29).
Disputa de 2026
Lula reiterou que coloca Tarcísio como principal adversário na eleição presidencial de 2026, quando o petista tentará um quarto mandato. Segundo o presidente, a definição do candidato da direita permanece nas mãos de Bolsonaro, que, embora inelegível, segue considerado “o nome mais presidenciável” por aliados.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, já afirmou publicamente que caberá a Bolsonaro escolher quem representará o partido no pleito. Enquanto isso, Tarcísio tem repetido que pretende buscar a reeleição ao governo de São Paulo. Pesquisas recentes apontam o nome do governador alternando com o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como possíveis substitutos do ex-presidente e, em alguns cenários, empatando tecnicamente com Lula.
Outros pré-candidatos
Lula também teceu comentários sobre outros governadores cotados para a sucessão presidencial, a exemplo de Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União-GO) e Ratinho Junior (PSD-PR). O chefe do Executivo afirmou ser favorável a um número elevado de postulantes. “Todos devem ser candidatos, se quiserem. Tarcísio quer ser candidato, Zema, Caiado, Ratinho. Que seja todo mundo. Quanto mais, melhor”, declarou.

Imagem: reprodução
Caiado já lançou pré-candidatura mesmo com o União Brasil integrando a base governista e formando federação com o PP, partido de oposição ao Palácio do Planalto.
Com informações de Gazeta do Povo