A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o cumprimento imediato da sentença de 27 anos e 3 meses de prisão imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ganhou destaque em veículos de comunicação de diversos países nesta terça-feira (25).
Moraes definiu que Bolsonaro permaneça na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está desde sábado (22). Horas depois, a Primeira Turma do STF confirmou a determinação do ministro.
Saúde como principal argumento da defesa
A maior parte das reportagens estrangeiras concentrou-se no estado de saúde do ex-chefe do Executivo, de 70 anos. A rede norte-americana CNN noticiou que os advogados classificam a prisão como “injustificável” e apontam risco à vida de Bolsonaro enquanto ele estiver detido. Já a agência britânica Reuters relatou declaração do defensor Celso Vilardi ao jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual o tribunal teria sido precipitado ao concluir o processo sem prazo adequado para recursos.
A agência espanhola EFE recordou que o ex-presidente enfrenta crises de ansiedade, soluços e vômitos desde que foi esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018, o que o obrigou a se submeter a várias cirurgias. Segundo a EFE, a defesa pretende reiterar o pedido de prisão domiciliar por razões humanitárias.
O jornal The New York Times acrescentou que analistas consideram provável uma permanência curta na carceragem antes de eventual autorização para que Bolsonaro cumpra o restante da pena em casa, embora a duração desse período ainda seja incerta.
Imagem: Isaac Ftana
Atendimento médico garantido
No despacho, Moraes assegurou atendimento hospitalar em regime de plantão 24 horas. A equipe que acompanha o tratamento do ex-presidente tem acesso garantido sem necessidade de autorização judicial prévia.
Bolsonaro foi condenado por tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. A defesa insiste que o quadro clínico impede a manutenção em ambiente prisional convencional.
Com informações de Gazeta do Povo







