Governadores de partidos de direita formalizaram, na quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, o “Consórcio da Paz”, iniciativa que promete integração de ações contra o crime organizado entre estados. O encontro ocorreu enquanto policiais realizam uma das operações mais letais da história do país, que já soma 121 mortos em comunidades fluminenses.
O anfitrião, Cláudio Castro (PL), destacou que o consórcio pretende compartilhar informações, equipamentos e estratégias de segurança. Participaram ainda Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP).
Em discurso unificado, o grupo acusou o governo do presidente Lula (PT) de omissão na área de segurança. Zema ironizou a atuação diplomática do Palácio do Planalto, afirmando que “o presidente quer mediar a paz na Ucrânia enquanto o povo morre aqui”. Já Caiado classificou como “fake” a proposta de emenda constitucional que amplia a coordenação federal sobre policiais militares.
Castro defendeu a letalidade da operação no Rio, dizendo que em cidades como Paris, Londres ou Frankfurt “ninguém portaria um fuzil e sobreviveria 30 segundos”. Mello sugeriu que a ação seja tomada como modelo nacional. Especialistas, no entanto, questionam a eficácia de operações com alto número de mortes e apontam denúncias de abusos e execuções.
Imagem: Folha do Bico
Nos bastidores, a criação do consórcio é vista como esforço para consolidar uma nova liderança à direita para as eleições presidenciais de 2026, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro permanece inelegível.
Com informações de Folha do Bico







