O senador Eduardo Girão (Novo-CE) e o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) embarcam neste domingo, 16 de agosto de 2025, para a Argentina. A principal agenda é visitar cinco brasileiros presos no país após os atos de 8 de janeiro de 2023, alvo de pedidos de extradição encaminhados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governo de Javier Milei.
Segundo Girão, a dupla pretende entrar no presídio onde os detidos estão custodiados e discutir alternativas para outros brasileiros que vivem na Argentina com receio de prisão por ainda não terem obtido documentos de asilo. “Vamos ao local onde eles estão e buscar uma solução para quem teme ser preso”, afirmou o senador.
Além da visita ao cárcere, os parlamentares participarão de um jantar que contará com Milei e ministros de seu gabinete. Girão elogiou as medidas econômicas do presidente argentino, mas criticou a postura do governo quanto à situação dos brasileiros. Para o senador, é “um absurdo” que um defensor da liberdade não ofereça apoio a “pessoas perseguidas pela ditadura da toga no Brasil”.
Críticas ao STF e defesa de impeachment
A viagem foi anunciada durante o lançamento da pré-candidatura de Romeu Zema (Novo-MG) à Presidência, realizado no mesmo domingo. No evento, van Hattem foi apresentado como futuro candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições de 2026.
Questionado sobre suas principais bandeiras, o deputado reiterou a necessidade de um processo de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. “Precisamos reequilibrar os poderes. Se não acontecer neste mandato, certamente ocorrerá no próximo, com uma maioria de direita”, declarou.
Imagem: Waldir Barreto
Girão endossou a cobrança, dirigindo-se ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). “Muitas vidas de brasileiros dependem de uma ação do Davi. Não quero esperar 2026 para votarmos o fim do império desse ditador”, disse.
Com informações de Gazeta do Povo
