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Fusão nuclear recebe aportes bilionários nos EUA e atrai Microsoft e Google

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Projetos de fusão nuclear avançam rapidamente nos Estados Unidos, impulsionados por investimentos privados e públicos que somam US$ 8,9 bilhões e US$ 795 milhões, respectivamente, apenas em 2025, de acordo com a Fusion Industry Association.

O interesse é liderado por grandes empresas de tecnologia que buscam fontes estáveis de energia livre de carbono. A Microsoft firmou contrato com a Helion Energy para comprar eletricidade de um gerador de fusão previsto para entrar em operação até 2028. Já o Google assinou acordo para adquirir 200 megawatts futuros da Commonwealth Fusion Systems, sediada em Massachusetts.

Avanços científicos

Em 2022, pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, obtiveram pela primeira vez ganho líquido de energia em uma reação de fusão. O passo seguinte é escalar a tecnologia para produção comercial de eletricidade.

“Ainda há muito trabalho científico e de engenharia antes de entregarmos energia líquida, mas o setor já apresenta um roteiro claro de comercialização, e o mercado está respondendo”, afirmou Patrick White, responsável pelo grupo de energia de fusão e regulamentação de segurança, ao site The Verge.

Desafios do combustível

A disponibilidade limitada de trítio — isótopo de hidrogênio usado para iniciar as reações — é considerada um dos principais obstáculos. Estima-se que reatores de fusão exijam 112 quilos do material por ano, enquanto menos de 25 quilos estão disponíveis no planeta, majoritariamente como subproduto de reatores nucleares convencionais.

Para contornar o problema, cientistas do Laboratório Nacional de Los Alamos estudam um sistema acionado por acelerador com tecnologia de sal fundido para produzir trítio a partir de resíduos nucleares. “Nossa modelagem busca identificar os designs mais eficientes e economicamente viáveis para uma futura implementação”, explicou o físico Terence Tarnowsky.

Mapa de investimentos

Um painel interativo desenvolvido pela Clean Air Task Force (CATF) mostra a distribuição geográfica dos projetos de fusão nos Estados Unidos, indicando a mudança no mapa energético do país à medida que novas instalações são anunciadas.

Em 2021, os aportes no setor somaram US$ 1,9 bilhão. O salto para quase US$ 9 bilhões em 2025 evidencia a rápida evolução do mercado e reforça a expectativa de que a primeira eletricidade comercial de fusão seja entregue ainda nesta década.

Com informações de Olhar Digital

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