Brasília – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que nenhuma definição foi tomada a respeito de possíveis palanques que incluam o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB). A posição foi comunicada na manhã desta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, em entrevista à CNN Brasil.
Segundo o parlamentar, a avaliação final caberá ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que “ainda não bateu o martelo” sobre alianças nos estados. “Não há decisão sobre o Ceará nem sobre qualquer outro estado”, reforçou.
Conversa com Michelle
Flávio relatou ter conversado na segunda-feira (1º) com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, depois do atrito público envolvendo a aproximação do PL cearense a Ciro Gomes. O senador disse ver o episódio como oportunidade para “colocar a casa em ordem” e alinhar a estratégia eleitoral nacional.
Origem da divergência
A tensão começou durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (PL-CE) ao governo do Ceará. No evento, Michelle criticou a presença do deputado federal André Fernandes (PL-CE) na filiação de Ciro ao PSDB e rejeitou qualquer composição com o ex-ministro. “Adoro o André, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita? Isso não dá”, afirmou.
Em resposta, André Fernandes disse que agiu com o aval de Bolsonaro. Ele relatou que, em 29 de maio, conversou com Ciro por telefone, no viva-voz, sob orientação do ex-presidente.
Repercussão entre os filhos de Bolsonaro
Após a troca de declarações, Flávio acusou Michelle de “atropelar” Bolsonaro em entrevista ao portal Metrópoles. O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) endossou a crítica, enquanto o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou o episódio como “injusto e desrespeitoso” com André Fernandes.
Imagem: Isaac Ftana
Pedido de desculpas
Em nota, Michelle pediu perdão aos enteados, alegando não ter intenção de contrariá-los, mas manteve a oposição ao apoio a Ciro ao comparar a aliança a “trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin”.
Flávio Bolsonaro reforçou que, apesar das divergências, a decisão final sobre coligações estaduais será tomada pelo pai. “Todos precisam pensar juntos no que é melhor para o país”, concluiu.
Com informações de Gazeta do Povo







