Brasília – O governo dos Estados Unidos teria cancelado os vistos de entrada do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, do senador Rodrigo Pacheco e de familiares de ambos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 20 de agosto, pelo jornalista Paulo Figueiredo.
De acordo com a reportagem, Lewandowski e Pacheco ainda não receberam comunicado oficial sobre a eventual medida. A Gazeta do Povo informou ter procurado o Departamento de Estado norte-americano e a Embaixada dos EUA em Brasília, mas não obteve resposta até a última atualização.
Antecedentes de sanções
Se confirmada, a decisão ampliaria a lista de autoridades brasileiras que tiveram vistos revogados por Washington nos últimos meses. Em 18 de julho, o secretário de Estado, Marco Rubio, anunciou a suspensão dos vistos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, de seus aliados e de familiares próximos. Na mesma ocasião, outros sete ministros da Corte – Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes – além do procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foram incluídos.
O governo norte-americano adotou medidas semelhantes no início de agosto contra pessoas ligadas ao programa Mais Médicos, criado durante a gestão de Dilma Rousseff. Naquele momento, tiveram seus vistos cancelados Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, ex-integrantes do Ministério da Saúde responsáveis pelo planejamento e execução do programa.
Em 15 de agosto, o consulado dos EUA em São Paulo notificou a esposa e a filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sobre a revogação de seus vistos. O próprio ministro não foi afetado porque seu documento já estava vencido desde o ano anterior.
Imagem: Yuri Gripas
Com a possível nova rodada de sanções, Lewandowski seria o primeiro ministro em exercício do governo Lula a perder a permissão de entrada nos Estados Unidos, enquanto Pacheco se tornaria o primeiro membro do Congresso brasileiro atingido pela medida.
Com informações de Gazeta do Povo
