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Estudo revela que sons de baleias-cachalotes lembram vogais humanas

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Um levantamento conduzido pela Universidade da Califórnia – Berkeley, em parceria com o Project CETI (Cetacean Translation Initiative), concluiu que baleias-cachalotes emitem sons semelhantes às vogais usadas pelos humanos. O trabalho, publicado na revista científica Open Mind, analisou gravações coletadas ao longo de cinco anos e indicou a existência de duas “vogais” — parecidas com os fonemas “a” e “i” — além de padrões sonoros comparáveis a ditongos.

Como o estudo foi realizado

Para mapear a comunicação dos cetáceos, a equipe utilizou etiquetas eletrônicas, boias e drones. Depois, aplicou um modelo de inteligência artificial generativa para identificar padrões, avaliar a estrutura dos sons e buscar possíveis significados.

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Segundo os pesquisadores, a semelhança com as vogais humanas é observada na variação de comprimento, tempo, frequência e trajetória dos sons. A descoberta sugere que os cachalotes trocam mensagens por meio do controle dessas “unidades vocálicas”, conferindo complexidade ao diálogo entre os animais.

Produção de som diferente da humana

Nos seres humanos, as vogais são formadas no aparelho fonador sem obstrução do fluxo de ar. Já nas baleias-cachalotes, os chamados partem dos lábios fônicos, estrutura localizada próxima às narinas. A constatação desmistifica a antiga ideia de que esses cetáceos se comunicariam por um sistema equivalente ao código Morse.

Perfil do maior mamífero dentado

As baleias-cachalotes são as maiores baleias dentadas existentes. A cabeça retangular pode atingir 2,5 m de largura, e cada animal possui de 36 a 60 dentes com cerca de 1 kg cada. O peso varia de 16 a 57 t, com fêmeas chegando a 11 m de comprimento e machos alcançando 16 m. A cauda ultrapassa 5 m de extensão, a gestação dura de 14 a 16 meses e a expectativa de vida chega a 70 anos.

De acordo com Gašper Beguš, professor da UC Berkeley e coautor da pesquisa, a identificação desses sons “mostra que os chamados são mais próximos de vogais muito lentas”, aproximando-se da dinâmica da linguagem humana e abrindo caminho para novos estudos sobre a inteligência e a cultura desses grandes mamíferos.

Com informações de Olhar Digital

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