Um levantamento publicado em 6 de dezembro de 2025 na revista Nature Human Behaviour indica que diferentes idiomas compartilham princípios gramaticais universais. A equipe liderada por Annemarie Verkerk, da Universidade do Sarre, e Russell D. Gray, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, confrontou 191 hipóteses de “universais linguísticos” com dados de mais de 1.700 línguas reunidas no banco Grambank, o maior repositório gramatical já compilado.
Ao aplicar modelos estatísticos capazes de controlar a influência de ancestralidade comum e proximidade geográfica, os pesquisadores concluíram que cerca de um terço desses universais possui respaldo empírico sólido. Entre os padrões confirmados, destacam-se regras de ordem de palavras (como posição de verbo e objeto) e estruturas hierárquicas recorrentes.
Os resultados mostram que tais configurações surgiram de forma independente em diferentes famílias linguísticas, sugerindo pressões cognitivas e comunicativas semelhantes na origem dessas soluções gramaticais. “Diante da enorme diversidade linguística, é intrigante perceber que as línguas não evoluem aleatoriamente”, observou Verkerk ao comentar o estudo, registrado sob o DOI 10.1038/s41562-025-02325-z.
A pesquisa reforça a ideia de que mudanças linguísticas seguem caminhos limitados, guiados por necessidades comuns de compreensão e expressão.
Imagem: Internet
Com informações de Olhar Digital








