Spread the love

O estado de saúde de Bolsonaro ainda inspira cuidados. O ex-presidente segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, sem previsão de alta. Após passar mal durante uma agenda no Rio Grande do Norte, na sexta-feira (11), Jair Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de grande porte no domingo (13), que durou cerca de 12 horas.

De acordo com os médicos, o procedimento foi bem-sucedido, mas o pós-operatório requer monitoramento intensivo devido à complexidade da operação. Bolsonaro está sendo alimentado por via venosa e permanece clinicamente estável.

Cirurgia exigiu 12 horas e cuidados delicados

A cirurgia foi realizada para corrigir uma obstrução intestinal causada por aderências — tecidos cicatriciais que se formaram devido a cirurgias anteriores. Essas aderências uniam alças do intestino, dificultando o trânsito normal e causando dores abdominais e distensão.

Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, a liberação das aderências foi um processo minucioso, e somente o acesso à cavidade abdominal levou cerca de duas horas. “As primeiras 48 horas são críticas. O intestino precisa descansar antes de retomar a alimentação oral”, explicou o médico.

Monitoramento constante na UTI

O cardiologista Leandro Echenique destacou que cirurgias extensas como essa provocam um processo inflamatório no corpo, aumentando o risco de infecções e outras complicações. “Não há previsão de alta. O objetivo é garantir a recuperação completa”, afirmou.

Ainda segundo a equipe médica, a alimentação por via oral só será retomada após a redução da inflamação intestinal. Apesar de não haver intercorrências durante a cirurgia, o momento mais delicado foi a abertura do abdômen, devido ao risco de perfurações.

Quadro clínico e decisão pela cirurgia

Inicialmente, Bolsonaro não apresentava sinais de urgência, mas seu estado clínico piorou ao longo de 48 horas. Mesmo com cuidados clínicos, houve piora progressiva, com aumento de marcadores inflamatórios como o PCR. Diante desse cenário, os médicos decidiram intervir antes que houvesse uma perfuração intestinal.

Histórico cirúrgico

O problema intestinal de Bolsonaro é consequência do atentado a faca que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral. Desde então, esta foi a sétima cirurgia relacionada às complicações do episódio.

Boletim médico oficial

O boletim emitido pelo Hospital DF Star informa que Bolsonaro foi submetido a uma “cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal”. O procedimento não exigiu transfusão de sangue e foi concluído por volta das 21h30 de domingo. O paciente segue em estado estável, sem dor, sob cuidados clínicos, nutricionais e de prevenção de infecções.

O estado de saúde de Bolsonaro será acompanhado de forma contínua, e novas atualizações dependerão da evolução nas próximas horas e dias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *