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Lula afirma que possível reunião com Trump na ONU depende de iniciativa do presidente norte-americano

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (29) que um eventual encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, só ocorrerá se o líder norte-americano tomar a iniciativa.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, concedida enquanto cumpria agenda em Belo Horizonte, Lula disse que não procurará espontaneamente Trump para discutir o aumento de 50% nas tarifas impostas aos produtos brasileiros exportados para os EUA. O petista tem sido pressionado pela oposição a negociar a medida.

“Vai depender dele, porque eu estarei no mesmo espaço. Eu falo primeiro, ele será o segundo orador. Ele pode chegar antes e conversar comigo, ou pode não querer conversar”, afirmou.

Negociações e alternativas

Lula ressaltou que o governo brasileiro permanece aberto ao diálogo, mas não se limitará ao mercado norte-americano caso não haja interesse de Washington. “Se os Estados Unidos não quiserem comprar, vamos procurar outro mercado. Não vamos chorar o leite derramado”, disse.

Segundo o presidente, não haveria problema em ir à Casa Branca, desde que o Brasil não assuma postura “subalterna”. Ele lembrou que o país também aplica taxas a determinados produtos norte-americanos e defendeu que a Organização Mundial do Comércio (OMC) seja palco das negociações. O Palácio do Planalto já encaminhou consulta ao órgão, que tem aval dos EUA para abrir um canal de diálogo.

Relações e discurso na ONU

Lula destacou os 201 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, mas frisou que o país “não é uma republiqueta de bananas” e exige respeito. Ele afirmou ainda estar preparando seu discurso na ONU “a oito mãos”, com menções à defesa da democracia, ao multilateralismo e à reforma do Conselho de Segurança.

O presidente voltou a criticar a reação de Israel na Faixa de Gaza, classificada por ele como “genocídio” que os líderes mundiais não conseguem conter.

Com informações de Gazeta do Povo

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