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Defesa de Bolsonaro estuda revisão criminal após impasse sobre anistia

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Com a tramitação da proposta de anistia parada no Congresso, a equipe jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro — condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe — passou a considerar a revisão criminal como último recurso para tentar anular a sentença definitiva.

O que é a revisão criminal

O instrumento tem caráter extraordinário e pode ser acionado quando surgem provas novas ou quando se identifica violação à lei no julgamento original. Se acolhida, a revisão pode reduzir ou extinguir a pena, mas não tem poder para agravá-la.

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Por que a estratégia entrou em pauta

A possibilidade ganhou força depois de sucessivos adiamentos no Congresso quanto à votação da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. Diante do bloqueio político, advogados veem a revisão criminal como alternativa, embora reconheçam as chances reduzidas de êxito.

Quem vai analisar o pedido

Pelas regras internas do Supremo, o recurso não pode ser examinado pelo mesmo colegiado que aplicou a condenação. Como Bolsonaro foi julgado pela Primeira Turma, o pedido ficaria a cargo da Segunda Turma, composta atualmente pelos ministros André Mendonça, Kassio Nunes Marques, Luiz Fux, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

Cálculo político na composição da Segunda Turma

A defesa avalia que a presença de Mendonça e Nunes Marques — indicados durante o governo Bolsonaro — e de Fux, que votou pela absolvição do ex-presidente no julgamento original, poderia criar ambiente mais favorável. Ainda assim, especialistas lembram que revisões são raramente aceitas pelo STF, sobretudo em processos de grande repercussão.

Probabilidade de sucesso

Juristas destacam que o tribunal costuma admitir revisão apenas para corrigir erros técnicos evidentes. Como a condenação de Bolsonaro foi unânime na Primeira Turma e confirmada pelo plenário, a tendência, segundo analistas, é de manutenção da decisão.

Sem avanço legislativo para a anistia e com obstáculos jurídicos para a revisão, o cenário permanece incerto para o ex-presidente e demais condenados pelos atos que culminaram em 8 de janeiro.

Com informações de Gazeta do Povo

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