O advogado Matheus Milanez enviou neste sábado (29) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), explicações sobre o quadro de saúde do general Augusto Heleno. Segundo a defesa, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi diagnosticado com Alzheimer apenas em janeiro de 2025, e não em 2018, como o próprio militar declarou durante exame médico.
Milanez sustenta que a resposta de Heleno resultou de um “equívoco” do perito, que teria solicitado ao paciente, já acometido pela doença, que indicasse a data do diagnóstico. “O réu não tem condições de explanar sobre marcos temporais”, afirmou o defensor no documento encaminhado ao STF.
No interrogatório da ação penal nº 2668, Heleno respondeu apenas às perguntas de seus advogados. A escolha, argumenta a defesa, ocorreu porque o general de 78 anos “já não tinha segurança quanto a fatos e cronologias”.
Moraes havia pedido laudos médicos que comprovassem a enfermidade e indagou por que Heleno, caso estivesse doente, assumiu o GSI entre 2019 e 2022. Em resposta, Milanez declarou que não existia diagnóstico naquele período e, portanto, não havia o que comunicar à Presidência ou a outros órgãos. A defesa anexou exames realizados em 2024 que teriam confirmado o Alzheimer no início de 2025.
Imagem: Gustavo Moreno
A condição médica embasa o pedido de prisão domiciliar humanitária, ao qual a Procuradoria-Geral da República se manifestou favorável. Condenado a 21 anos de prisão por participação em suposto plano de golpe de Estado, Heleno está detido no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Com informações de Gazeta do Povo







