A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta quinta-feira, 27 de novembro de 2025, a resposta solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito das imagens que mostram o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) manuseando um celular durante visita ao ex-chefe do Executivo, então em prisão domiciliar.
No documento, os advogados sustentam que as filmagens captadas por um drone indicam que Bolsonaro não estabeleceu contato visual com o aparelho utilizado por Nikolas. Segundo a defesa, o encontro ocorreu na área externa da residência do ex-presidente, local que estaria sob monitoramento permanente por câmeras de segurança.
Os representantes legais afirmam ainda que Bolsonaro “sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal”, reforçando que ele “não fez uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, durante todo o período em que esteve em prisão domiciliar”.
Contexto da investigação
Bolsonaro cumpria prisão domiciliar no âmbito do inquérito que apura possíveis articulações no exterior para pressionar autoridades brasileiras com sanções. O principal investigado no caso é o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.
Pouco depois da visita de Nikolas Ferreira, Moraes determinou a prisão de Bolsonaro, citando a convocação de uma vigília religiosa pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e uma tentativa, atribuída ao ex-mandatário, de abrir um equipamento eletrônico com um ferro de solda. À Corte, a defesa alegou que ele estava sob efeito de medicamentos no momento da ação.
Imagem: Renato Araújo
Medidas paralelas
No mesmo dia da prisão, o PSOL apresentou queixa-crime contra Flávio Bolsonaro, apontando a vigília como suposta incitação ao crime, e requereu a quebra do sigilo telefônico de Nikolas Ferreira. Em reação, o advogado e professor Rodrigo Marinho de Oliveira pediu ao STF investigação sobre conteúdos que ele classifica como “cristofóbicos”, processo que foi distribuído ao ministro Luiz Fux.
As manifestações seguem em análise no Supremo.
Com informações de Gazeta do Povo







