Conselheiros tutelares de 139 municípios do Estado articulam uma mobilização inédita para garantir uma reunião com o governador na próxima semana. O grupo pretende apresentar reivindicações relacionadas a infraestrutura, logística, administração e remuneração, fatores que, segundo os profissionais, afetam diretamente o atendimento a crianças e adolescentes.
Entre as principais queixas estão a falta de ferramentas adequadas de trabalho, problemas de transporte, sedes sem condições mínimas de funcionamento e ausência de suporte contínuo. Em diversas cidades, os conselhos operam com recursos limitados mesmo diante de situações complexas que exigem atuação imediata.
A remuneração também é ponto sensível. Alguns municípios pagam valores considerados compatíveis com a responsabilidade da função, enquanto outros oferecem salários considerados inadequados. Um integrante da comissão organizadora relatou que há profissionais recebendo, de forma líquida, R$ 1.414 por mês, apesar da carga de trabalho de 24 horas por dia.
A comissão afirma representar um “verdadeiro exército” de conselheiros, mobilizados para sensibilizar o governo estadual sobre demandas históricas. Entre as propostas que serão apresentadas no encontro estão:
Imagem: Atitude Tocantins
- melhoria da estrutura física das sedes;
- aquisição e atualização de equipamentos de trabalho;
- adequação do transporte e da logística;
- fortalecimento de programas permanentes de capacitação;
- criação de um programa estadual de incentivo à remuneração, respeitando a competência municipal;
- integração mais eficiente com a rede de atendimento.
Os organizadores destacam que o movimento é técnico, sem vínculo partidário, e focado no fortalecimento da proteção a crianças e adolescentes. A expectativa é que a reunião resulte em avanços concretos para os 139 municípios envolvidos e para as famílias atendidas diariamente pelos Conselhos Tutelares.
Com informações de Atitude







