A Comissão de Ética Pública (CEP) do Palácio do Planalto aprovou a participação da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, no conselho de administração da Alelo, empresa de cartões de benefícios corporativos controlada pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco.
A indicação partiu do Banco do Brasil e, segundo a relatora do processo na CEP, Maria Lúcia Barbosa, não há conflito de interesses. A decisão, entretanto, estabelece que a ministra fique afastada de discussões ou deliberações em sua pasta que possam envolver assuntos da Alelo, a fim de evitar uso de informações privilegiadas.
Mandato e remuneração
O conselho da Alelo pode ter até oito membros, eleitos em assembleia geral, com mandatos de dois anos e possibilidade de reeleição. Como conselheira, Anielle deve receber entre R$ 10 mil e R$ 15 mil por mês, valor que se soma ao salário superior a R$ 45 mil que ela já recebe como ministra de Estado.
Experiência anterior
Anielle já ocupou posição semelhante na metalúrgica Tupy, indicada pelo BNDESPar. Em 2023, assumiu o cargo sem solicitar autorização prévia à CEP, exigência para servidores públicos que atuam em empresas privadas. O aval foi concedido posteriormente, mas o mandato não foi renovado em maio de 2024. Na Tupy, a remuneração anual de um conselheiro gira em torno de R$ 1 milhão.

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom via revistaoeste.com
Irmã da vereadora carioca Marielle Franco, a ministra ingressou no PT em 2023 e assumiu o Ministério da Igualdade Racial em janeiro do mesmo ano.
Com informações de Revista Oeste