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Caminhoneiros prometem paralisação nacional nesta quinta-feira, 4 de dezembro

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Caminhoneiros de diferentes regiões do país articulam uma greve a partir desta quinta-feira (4). A mobilização, organizada sobretudo por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, não conta com adesão unânime entre as entidades que representam a categoria.

Protocolo de reivindicações em Brasília

Na terça-feira (2), o caminhoneiro Franco Dal Maro, conhecido como “Chicão”, entregou à Presidência da República um documento com reivindicações do setor e avisou que a paralisação ocorrerá caso não haja resposta. “Estamos fazendo dentro da legalidade”, declarou em vídeo divulgado após o protocolo.

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Chicão foi acompanhado do desembargador aposentado Sebastião Coelho, pré-candidato ao Senado pelo Distrito Federal (Novo), que afirmou oferecer apoio jurídico ao movimento.

Pautas apresentadas

Entre as principais demandas elencadas no documento estão:

  • Estabilidade contratual, com critérios objetivos para aceitação ou recusa de fretes;
  • Reestruturação do marco regulatório do transporte de cargas;
  • Regularização administrativa de motoristas autônomos que participaram de mobilizações anteriores;
  • Atualização do piso mínimo do frete, com foco em veículos de nove eixos;
  • Congelamento de dívidas da categoria por 12 meses e possibilidade de refinanciamento em até 120 meses;
  • Aposentadoria especial após 25 anos de atividade comprovada;
  • Linha de crédito de até R$ 200 mil, inclusive para motoristas negativados;
  • Isenção de IPI para renovação de frota;
  • Ampliação de pontos de parada e descanso, previstos na Lei 13.103/2015;
  • Suspensão temporária da “Lei do Descanso” até que exista infraestrutura adequada nas rodovias;
  • Criação de uma Justiça especializada em transporte;
  • Destinação de 30% das cargas de estatais para caminhoneiros autônomos.

Divergências internas

Apesar da articulação, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou não ter recebido qualquer sinalização formal de greve de suas bases, que reúnem nove federações e 104 sindicatos.

Wallace Landim, o “Chorão” — liderança que se destacou na paralisação de 2018 — também não aderiu. Em vídeo, ele alegou “partidarização do movimento” e disse que não usará a categoria para defender “político A ou B”.

Ampla anistia como motivação de parte dos apoiadores

Nos últimos dias, o desembargador Sebastião Coelho divulgou vídeos convocando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a paralisação, defendendo anistia “ampla, geral e irrestrita” tanto para Bolsonaro quanto para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Greve de 2018 como referência

A última paralisação nacional dos caminhoneiros, em 2018, durou dez dias e resultou em desabastecimento de combustíveis e alimentos, além de prejuízos à indústria e ao agronegócio. Na ocasião, o governo federal concedeu subsídio ao diesel, reviu a política de preços da Petrobras e instituiu a tabela mínima de frete para encerrar o movimento.

Por enquanto, lideranças contrárias e favoráveis à greve seguem tentando mobilizar suas bases, enquanto consumidores e setores produtivos acompanham a possibilidade de interrupção no transporte de cargas a partir desta quinta-feira.

Com informações de Gazeta do Povo

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