A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de 20 de novembro de 2025, o Projeto de Lei Antifacção, iniciativa que endurece o combate a organizações criminosas. A votação foi considerada uma derrota para o Palácio do Planalto, que havia orientado sua base a rejeitar a proposta.
Reação do governo
Após o resultado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que trabalhará para modificar o texto no Senado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o projeto “asfixia financeiramente” a Polícia Federal. No Senado, o relator da matéria já sinalizou que fará uma “revisão técnica”.
Parlamentares da oposição cobraram explicações do governo sobre a orientação contrária à medida e prometeram vigiar eventuais mudanças na Casa revisora.
Crises paralelas no Planalto
No mesmo dia, um relatório do governo dos Estados Unidos acusou Lula de “distorcer” o Holocausto, embora tenha elogiado as administrações estaduais de São Paulo e Goiás. Ainda no âmbito doméstico, o governo foi denunciado ao Ministério Público Federal pela exposição de uma criança trans em campanha oficial, e o presidente do INSS pediu o afastamento de uma diretora por suposta proximidade com investigados por fraudes.
Disputa por vaga no STF
A possível indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para o Supremo Tribunal Federal provocou desconforto entre senadores. Davi Alcolumbre demonstrou insatisfação, enquanto uma advogada declarou que Messias não teria “condições jurídicas” para ocupar a cadeira. Paralelamente, o ministro Edson Fachin reuniu-se com Alcolumbre para solicitar aprovação de reajustes salariais e novos cargos para o Judiciário.
Oposição debate “anistia light”
Diante da possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, líderes oposicionistas articulam uma proposta de “anistia light”. O senador Magno Malta afirmou que Bolsonaro “não tem medo” do presídio da Papuda, mas defendeu a votação da medida.
Imagem: Gazeta do Povo Lab
Outros destaques do dia
• A ex-deputada Manuela D’Ávila prepara retorno à política e deve concorrer ao Senado pelo PSOL.
• A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a produção de imagens falsas da senadora Soraya Thronicke e conteúdos de apologia ao nazismo.
• O senador Sérgio Moro criticou o diretor-geral da PF por não participar de operação no Rio de Janeiro e classificou programa prisional determinado pelo STF como “política de celas abertas”.
As informações encerram o panorama político do dia.
Com informações de Gazeta do Povo







