O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), voltou a se posicionar como pré-candidato ao Palácio do Planalto ao participar, na manhã desta segunda-feira (18/08/2025), do programa Café com a Gazeta, no YouTube. Durante a entrevista, o político defendeu anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, criticou a taxação de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e afirmou que o principal objetivo da direita deve ser derrotar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026.
Críticas à taxação norte-americana
Caiado atribuiu a tarifa anunciada por Washington ao que chamou de “postura anti-americana” do governo federal. Segundo ele, Lula “provocou toda essa situação” ao adotar discurso semelhante ao do venezuelano Hugo Chávez contra o “imperialismo”. Para o governador, a medida “inviabiliza indústrias e empregos” no Brasil e tem “cunho eleitoreiro”.
Anistia ampla “no primeiro dia”
Questionado sobre como pretende lidar com a crise institucional, Caiado reafirmou que, se eleito, seu primeiro ato será uma anistia “ampla, geral e irrestrita” a todos os processados pelos eventos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, lembrou, está marcado para 2 de setembro.
Relação com outros Poderes
Ao comentar sua presença na festa de 73 anos da advogada Guiomar Mendes, esposa do ministro do STF Gilmar Mendes, o governador disse não aceitar “patrulha” sobre sua agenda. Ele afirmou que pretende manter diálogo com Legislativo e Judiciário, “sem abrir mão” de suas convicções.
Impeachment de Moraes x eleição
Caiado avaliou que a discussão sobre um eventual impeachment do ministro Alexandre de Moraes não deve se sobrepor à disputa presidencial. “Qual a prioridade: tirar Alexandre de Moraes ou vencer Lula em 2026? Tirar uma pessoa do STF não altera nada”, argumentou.

Imagem: Rafa Neddermeyer
Estratégia eleitoral
Para 2026, o governador defendeu a existência de “vários candidatos” de direita no primeiro turno e a união das siglas no segundo. “O objetivo principal é tirar o Lula”, resumiu.
Com informações de Gazeta do Povo