O britânico Joseph O’Connor, de 26 anos, foi condenado a restituir 4,1 milhões de libras esterlinas em criptomoedas obtidas por meio de fraudes on-line, incluindo o ataque que comprometeu mais de 130 contas verificadas do então Twitter (atual X) em julho de 2020.
Invasão em escala global
Usando o apelido PlugwalkJoe, O’Connor e cúmplices enganaram funcionários da plataforma e obtiveram acesso às ferramentas internas da rede social. Com o controle de perfis de alto perfil — entre eles os de Barack Obama, Joe Biden e Elon Musk —, publicaram mensagens prometendo dobrar valores enviados em Bitcoin.
A ação, realizada entre 15 e 16 de julho de 2020, alcançou cerca de 350 milhões de usuários. Nesse período, foram feitos 426 depósitos que totalizaram 12,86 BTC, avaliados na época em US$ 110 mil e hoje equivalentes a aproximadamente US$ 1,2 milhão.
Pena nos Estados Unidos e confisco de ativos
Nascido em Liverpool, O’Connor fugiu para a Espanha, onde vive a mãe, antes de ser detido e extraditado para os Estados Unidos. Em 2023, recebeu sentença de cinco anos de prisão por crimes cibernéticos. A ordem de ressarcimento, anunciada agora, obriga-o a entregar criptomoedas mantidas em sua posse.
Segundo o Serviço de Procuradoria da Coroa (CPS), as autoridades já localizaram 42 Bitcoins e outras divisas digitais ligadas a O’Connor. O órgão afirma que parte desses valores também veio de invasões realizadas com adolescentes conhecidas em partidas de Call of Duty.
Imagem: Peoples
“O’Connor mirava pessoas famosas, assumia suas contas e enganava seguidores para obter criptoativos”, declarou Adrian Foster, procurador-chefe do CPS, reforçando que, mesmo sem uma condenação no Reino Unido, o confisco impede que o criminoso lucre com as fraudes.
O pagamento de 4,1 milhões de libras cobre as perdas das vítimas e encerra mais uma etapa do processo contra o grupo responsável por um dos ataques de maior repercussão da história da rede social.
Com informações de Olhar Digital








