O ex-presidente Jair Bolsonaro foi detido preventivamente pela Polícia Federal na madrugada de 23 de novembro de 2025, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão aponta violação de medidas cautelares, incluindo suposta tentativa de romper a tornozeleira eletrônica.
Moraes justificou a ordem citando risco de fuga e organização de vigília de apoiadores. Bolsonaro declarou ter usado um ferro de solda no equipamento “por curiosidade”. A defesa contesta a prisão, classificando‐a como perseguição política e alegando que o estado de saúde do ex-presidente, com sequelas da facada de 2018, é incompatível com cárcere comum. Um pedido de prisão humanitária foi negado. A Primeira Turma do STF foi convocada para referendar a medida.
Repercussão nacional e internacional
Governadores Tarcísio de Freitas (SP), Ratinho Junior (PR), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO) criticaram publicamente a decisão. Os filhos de Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro e deputado Eduardo Bolsonaro, falaram em “processo forjado” e “tortura”.
Setores da esquerda celebraram a detenção, chamando-a de “recomeço para o Brasil”. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump classificou o episódio como “muito ruim”; seu advogado disse tratar-se de “insulto” ao norte-americano. Michelle Bolsonaro pediu a apoiadores que “não desistam da nação”.
Outras decisões do Supremo
No mesmo dia, o STF formou maioria para cancelar de forma definitiva a chamada “revisão da vida toda” do INSS, que permitiria a aposentados recalcularem benefícios com base em contribuições anteriores ao Plano Real. A Corte também derrubou lei estadual do Rio de Janeiro que garantia transporte gratuito de animais de suporte emocional em voos.
Imagem: Gustavo Moreno
A Polícia Federal mantém Bolsonaro sob custódia enquanto aguarda o julgamento de confirmação da Primeira Turma. Não há, até o momento, previsão de audiência de custódia.
Com informações de Gazeta do Povo







