O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, passará a utilizar o sistema Simfonik, uma plataforma de áudio imersivo com condução óssea desenvolvida na Universidade de Greenwich, para aprimorar a empatia e a comunicação compassiva de médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde.
A tecnologia será apresentada ao público em 3 de outubro, durante o 5º Simpósio Internacional Einstein de Simulação. Diferente de treinamentos baseados em manequins ou realidade virtual, o Simfonik funciona por meio de um aplicativo e fones específicos, permitindo que o usuário continue interagindo com o ambiente ao redor.
Como funciona
Os áudios reproduzem depoimentos reais de pacientes do sistema público britânico e já foram testados em sete instituições. Entre os objetivos do treinamento estão:
- compreender o impacto de más notícias;
- refletir sobre períodos prolongados sem informação;
- combater preconceitos relacionados a deficiências não aparentes.
No Einstein, a implementação ficará sob responsabilidade do professor Jorge Lopes Ramos, brasileiro que leciona na Universidade de Greenwich e colaborou na criação da plataforma em parceria com a companhia anglo-brasileira de artes digitais ZU-UK.
Pesquisa em computação quântica
O hospital também iniciou um projeto voltado à aplicação de conceitos de computação quântica na área da saúde, com foco em promover maior equidade no atendimento. A iniciativa, divulgada pela Agência Fapesp, está em fase de estruturação no centro de pesquisa da instituição em São Paulo.

Imagem: Felipe Cruz
Segundo Felipe Fanchini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru e integrante do grupo, a equipe estuda formas de empregar a tecnologia para impactar positivamente a sociedade. Entre as possibilidades em análise está o uso de algoritmos quânticos para prever temporais no Brasil e enviar alertas à população.
Com informações de Olhar Digital