Rótulos de sucos, cápsulas e produtos industrializados costumam destacar a presença de “vitamina C e antioxidantes”, mas o significado desses termos ainda gera dúvidas. Antioxidantes são substâncias que neutralizam o excesso de radicais livres — moléculas altamente reativas que, em grandes quantidades, danificam lipídios, proteínas e DNA, provocando o chamado estresse oxidativo.
Em quantidades moderadas, os radicais livres funcionam como sinais químicos que ajudam o organismo a reparar tecidos, ajustar defesas e promover adaptações. O problema surge quando essas moléculas se acumulam, situação favorecida por fatores como dieta pobre em alimentos naturais, poluição, noites mal dormidas e estresse contínuo.
Vitamina C: papel central na “rede” antioxidante
Entre os diversos agentes de proteção, a vitamina C se destaca por circular nos fluidos corporais e atuar em frentes diferentes: neutraliza radicais livres diretamente, regenera outros antioxidantes já utilizados (como a vitamina E) e participa da síntese de colágeno, importante para manter a integridade de tecidos.
O organismo também conta com defensores próprios, como glutatião e enzimas específicas, mas depende da alimentação para receber vitamina C de forma contínua. Frutas cítricas, frutos vermelhos, pimentão, brócolis e folhas verdes escuras entregam o nutriente em conjunto com fibras e compostos bioativos, combinação que potencializa o efeito protetor. Suplementos podem ser indicados em casos específicos, desde que sob orientação profissional, mas não substituem uma dieta equilibrada.
Oxidantes não são inimigos por definição
Especialistas ressaltam que eliminar completamente os radicais livres não é desejável. O sistema imunológico, por exemplo, utiliza essas moléculas para combater micro-organismos invasores, enquanto a prática de exercícios aumenta temporariamente a produção de oxidantes, fortalecimento que melhora a capacidade de resposta do corpo.

Imagem: Mixa
A estratégia recomendada para manter o equilíbrio envolve rotina de sono adequada, gerenciamento de estresse, atividade física compatível com a condição de cada pessoa e consumo variado de alimentos frescos. Nesse cenário, antioxidantes — com destaque para a vitamina C — funcionam como uma espécie de “margem de segurança”, impedindo que pequenas faíscas químicas se transformem em danos maiores.
Com informações de Olhar Digital