Brasília — O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez um pronunciamento duro no plenário na noite de quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador afirmou que vem sendo alvo de autoridades desde que Lula escolheu o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Alcolumbre disse que preferia ver o colega Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na Corte e reclamou de declarações que o acusam de “usurpar” atribuições do chefe do Executivo ao tentar influenciar na escolha do novo ministro. “É inacreditável a capacidade de algumas pessoas de mentir sobre decisões institucionais”, afirmou.
Segundo o parlamentar, parte das críticas ao Congresso inclui a rotulação da Casa como “inimiga do povo”. Ele informou que as Polícias Legislativas do Senado e da Câmara investigam quem financiou esses ataques. “Em breve vamos divulgar quem patrocinou essas agressões”, garantiu.
O presidente do Senado também citou a decisão do ministro Gilmar Mendes que dificulta a abertura de processos de impeachment contra integrantes do STF. Para Alcolumbre, a medida fere a divisão de Poderes e amplia a interferência do Judiciário sobre o Legislativo.
Ao fim do discurso, o senador prometeu reagir a qualquer tentativa de limitar as prerrogativas do Congresso. “Quem tentar usurpar o papel do Senado encontrará um presidente que defenderá a legitimidade do voto popular”, declarou. Ele ainda criticou o clima de campanha eleitoral permanente: “Chega, ninguém aguenta mais um terceiro, quarto ou quinto turno”.
Imagem: Lula Marques
Alcolumbre concluiu que o presidente da República tem o direito de indicar ministros do Supremo, mas ressaltou que cabe ao Senado sabatinar e votar a indicação em sessão secreta. “Cada Poder deve cumprir o que lhe cabe”, resumiu.
Com informações de Gazeta do Povo







