Palmas – A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) comunicou que, até a manhã de 11 de agosto, o Estado contabiliza 48 notificações de sarampo. Destas, 17 foram confirmadas, todas em Campos Lindos; 22 foram descartadas e nove continuam em investigação.
Situação nos municípios
Entre os casos notificados, 21 ocorreram em Campos Lindos, 16 em Palmas, três em Porto Nacional, um em Nova Olinda, três em Araguaína, dois em Gurupi, um em Filadélfia e um em Carmolândia. Os descartes ficaram assim distribuídos: três em Porto Nacional, 12 em Palmas, três em Araguaína, um em Filadélfia, dois em Gurupi e um em Carmolândia.
Ações de contenção
Equipes de vigilância da SES-TO atuam em Campos Lindos desde 19 de julho com orientações de isolamento e vacinação de contatos dos casos confirmados. Notas técnicas com instruções de vigilância e imunização foram enviadas aos 139 municípios tocantinenses.
Campanha de vacinação
No sábado, 9 de agosto, a secretaria realizou, em parceria com o Ministério da Saúde, a Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems), um dia de vacinação na UBS Moacir da Paixão, em Paraíso do Tocantins, e no Centro de Saúde da Comunidade Valéria Pereira Martins, em Palmas.
Profilaxia e esquema vacinal
O sarampo é prevenido por vacina disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema recomendado é:

Imagem: Raiza Ribeiro via gazetadocerrado.com.br
- Crianças de 6 a 11 meses e 29 dias: dose zero (dupla viral).
- Crianças de 12 meses: primeira dose (D1) da tríplice viral; após 30 dias, segunda dose (D2) com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.
- Crianças de 15 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias: segunda dose (D2) da tríplice viral para quem já recebeu D1.
- Pessoas de 5 a 29 anos: duas doses da tríplice viral se não vacinadas ou com esquema incompleto.
- Pessoas de 30 a 59 anos: dose única da tríplice viral.
- Trabalhadores da saúde: duas doses da tríplice viral, independentemente da idade.
Transmissão e prevenção adicional
O vírus é altamente contagioso e se dissemina pelo ar ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O período de incubação varia de sete a 14 dias; a transmissão pode ocorrer de seis dias antes até quatro dias após o surgimento das manchas vermelhas na pele. Recomenda-se isolamento domiciliar por quatro dias após o aparecimento do exantema, além de higienização das mãos, uso de lenços descartáveis e limpeza frequente de superfícies.
Sintomas e orientação médica
Febre alta, manchas avermelhadas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite são sinais clássicos da doença, que pode evoluir para pneumonia, encefalite e óbito. Não há tratamento específico; a medicação é direcionada ao alívio dos sintomas. A SES-TO orienta que pessoas com suspeita procurem a unidade de saúde mais próxima.
Com informações de Gazeta do Cerrado