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STF busca interlocução nos EUA sobre possíveis sanções e não obtém resposta, aponta reportagem

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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) procuraram contatos políticos e acadêmicos nos Estados Unidos na tentativa de entender que tipo de retaliação a Casa Branca poderia adotar contra o Brasil, mas a iniciativa não avançou. A movimentação ocorreu, segundo a revista Veja, em meio ao agravamento da crise diplomática provocada pelas críticas de autoridades norte-americanas ao ministro Alexandre de Moraes e pela inclusão dele na lista de sanções da Lei Magnitsky.

De acordo com a publicação, os magistrados acionaram figuras consideradas influentes no meio acadêmico e no Congresso norte-americano, especialmente entre parlamentares do Partido Republicano. Os interlocutores, porém, afirmaram ter pouco ou nenhum acesso aos planos do governo Donald Trump sobre possíveis medidas contra o Brasil, resultando em impasse.

A tensão aumentou na quinta-feira, 7 de agosto, quando o subsecretário de Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, divulgou mensagem nas redes sociais alertando que o Judiciário brasileiro e demais aliados de Moraes estavam “avisados” e que Washington acompanhava o caso de perto. No mesmo dia, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília replicou o comunicado.

A publicação coincidiu com a visita do encarregado de negócios norte-americano, Gabriel Escobar, ao vice-presidente Geraldo Alckmin, na capital federal. Aliados de Moraes interpretaram o gesto como sinal público de pressão e endurecimento da postura de Washington.

Paralelamente, Moraes passou a figurar na lista de sanções da Lei Magnitsky, que prevê suspensão de vistos, bloqueio de bens em território norte-americano e proibição de transações financeiras a autoridades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. A medida ampliou o desgaste diplomático entre os dois países.

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Imagem: Antônio Augusto via gazetadopovo.com.br

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores convocou Escobar para prestar esclarecimentos — a terceira convocação de um representante dos EUA em 2025. O Itamaraty classificou as publicações e as sanções como ingerência em assuntos internos e reforçou que decisões judiciais brasileiras são matéria de soberania nacional.

Com informações de Gazeta do Povo

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